Sobre

O ACHO Arquivo – Coleções de Histórias Ordinárias é uma iniciativa idealizada por artistas e pesquisadores com a intenção de acolher fotografias descartadas e encontradas na cidade de Campinas, por um grupo de catadores de lixo que integram o projeto como participantes na categoria de simbólica de “garimpeiros de imagens”. A finalidade desta iniciativa é criar e manter um arquivo aberto a pesquisas e a produções artísticas.

O ACHO Arquivo – Coleções de Histórias Ordinárias é uma iniciativa idealizada por artistas e pesquisadores com a intenção acolher fotografias vernaculares descartadas e encontradas na cidade de Campinas, por um grupo de catadores de lixo que integram o projeto como participantes na categoria de simbólica de “garimpeiros de imagens”. A finalidade desta iniciativa é criar e manter um arquivo aberto a pesquisas e a produções artísticas.

A ação dos catadores de lixo tem um lugar específico nesta iniciativa: serão rememoradas, compartilhadas e assinarão simbolicamente todas as possíveis extensões do acervo. As fotografias entregues pelos garimpeiros são acomodadas no espaço físico do Ateliê CASA em caixas, identificadas apenas por lotes, com o nome do “garimpeiro” e a data em que foi encontrada.

O acervo é composto por fotografias em formatos diversos, dentre elas, a maioria no formato 10cm x 15cm coloridas, polaroides, 3×4, cartões-postais, álbuns e negativos. A maioria encontra-se em boas condições de preservação, mas há também outras que estão picadas, rasgadas e manchadas, entretanto, ainda assim são acolhidas e armazenadas.

O processo de construção deste projeto teve início em 2014 a partir do contato da fotógrafa Estefânia Gavina com catadores de recicláveis da cidade de Campinas, São Paulo. O elo entre a fotógrafa e os catadores se deu pelo hábito da artista em colecionar achados esquecidos nas ruas, fotografar casas em processo de demolição na área urbana de Campinas e depois devolver a recriação voluntariamente nas ruas ou oferecer retratos aos seus interlocutores.

O primeiro contato foi estabelecido com o catador J.B. que alertou sobre a quantidade de fotografias que encontrava na atualidade depositadas em cestos e caçambas de lixo. A partir daí, ambos passaram a construir uma relação de troca-compra dessas fotografias que, na ótica dele, eram também “inclassificáveis”. Para J.B as fotografias do lixo não serviam nem para serem vendidas como papel reciclado. O contato da artista com os catadores provocou uma transformação no olhar deles próprios, pois eles passaram a não olhar mais para as fotografias como descarte, mas como um bem de memória, deixando de ser simples coletores para atuarem também como guardiões.

Foi a partir deste estágio de construção do projeto, que emergiu o interesse e a necessidade de acolher essas fotografias abandonadas, abrigá-las e problematizá-las como arquivos mortos-vivos, volumes de papel depositados em lixo, sem sequer terem valor de reciclagem. A quem poderia pertencer no futuro as fotografias tiradas do mundo e depois descartadas e ressignificadas? Como fazer sobreviver as imagens amadoras que invadiram o mundo e nos desafiam em um oceano de saturação das imagens nos dias de hoje?

Como parte dos objetivos do ACHO, a não-catalogação prévia destas fotografias reserva ao artista e pesquisador o direito de destinar poeticamente e/ou pela configuração de seu trabalho a vida destas imagens. A intenção é que o desenvolvimento de projetos de interessados e associados nutra o ACHO e, ao mesmo tem tempo, consolide o desenvolvimento do projeto deixando um território aberto para que novas coleções possam ser montadas e ressignificadas a partir do método incorporado nesta experiência. Assim serão formadas coleções, estas sim, catalogadas a partir da referência poética e de pesquisa a que foi destinada, pelo artista e autor do trabalho, e estarão compartilhadas na plataforma digital do ACHO.

O ACHO Arquivo – Coleções de Histórias Ordinárias é uma iniciativa idealizada por artistas e pesquisadores com a intenção acolher fotografias vernaculares descartadas e encontradas na cidade de Campinas, por um grupo de catadores de lixo que integram o projeto como participantes na categoria de simbólica de “garimpeiros de imagens”. A finalidade desta iniciativa é criar e manter um arquivo aberto a pesquisas e a produções artísticas.

A ação dos catadores de lixo tem um lugar específico nesta iniciativa: serão rememoradas, compartilhadas e assinarão simbolicamente todas as possíveis extensões do acervo. As fotografias entregues pelos garimpeiros são acomodadas no espaço físico do Ateliê CASA em caixas, identificadas apenas por lotes, com o nome do “garimpeiro” e a data em que foi encontrada.

O acervo é composto por fotografias em formatos diversos, dentre elas, a maioria no formato 10cm x 15cm coloridas, polaroides, 3×4, cartões-postais, álbuns e negativos. A maioria encontra-se em boas condições de preservação, mas há também outras que estão picadas, rasgadas e manchadas, entretanto, ainda assim são acolhidas e armazenadas.

O processo de construção deste projeto teve início em 2014 a partir do contato da fotógrafa Estefânia Gavina com catadores de recicláveis da cidade de Campinas, São Paulo. O elo entre a fotógrafa e os catadores se deu pelo hábito da artista em colecionar achados esquecidos nas ruas, fotografar casas em processo de demolição na área urbana de Campinas e depois devolver a recriação voluntariamente nas ruas ou oferecer retratos aos seus interlocutores.

O primeiro contato foi estabelecido com o catador J.B. que alertou sobre a quantidade de fotografias que encontrava na atualidade depositadas em cestos e caçambas de lixo. A partir daí, ambos passaram a construir uma relação de troca-compra dessas fotografias que, na ótica dele, eram também “inclassificáveis”. Para J.B as fotografias do lixo não serviam nem para serem vendidas como papel reciclado. O contato da artista com os catadores provocou uma transformação no olhar deles próprios, pois eles passaram a não olhar mais para as fotografias como descarte, mas como um bem de memória, deixando de ser simples coletores para atuarem também como guardiões.

Foi a partir deste estágio de construção do projeto, que emergiu o interesse e a necessidade de acolher essas fotografias abandonadas, abrigá-las e problematizá-las como arquivos mortos-vivos, volumes de papel depositados em lixo, sem sequer terem valor de reciclagem. A quem poderia pertencer no futuro as fotografias tiradas do mundo e depois descartadas e ressignificadas? Como fazer sobreviver as imagens amadoras que invadiram o mundo e nos desafiam em um oceano de saturação das imagens nos dias de hoje?

Como parte dos objetivos do ACHO, a não-catalogação prévia destas fotografias reserva ao artista e pesquisador o direito de destinar poeticamente e/ou pela configuração de seu trabalho a vida destas imagens. A intenção é que o desenvolvimento de projetos de interessados e associados nutra o ACHO e, ao mesmo tem tempo, consolide o desenvolvimento do projeto deixando um território aberto para que novas coleções possam ser montadas e ressignificadas a partir do método incorporado nesta experiência. Assim serão formadas coleções, estas sim, catalogadas a partir da referência poética e de pesquisa a que foi destinada, pelo artista e autor do trabalho, e estarão compartilhadas na plataforma digital do ACHO.